Quantidade de iodo do sal será
alterada no Brasil
A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, em reunião nesta terça-feira
(16), a adoção de novos valores para a adição de iodo no sal para consumo
humano no Brasil. A faixa de variação do iodo no sal vai variar de 15mg/kg a 45
mg/kg; atualmente a faixa é de 20 a 60 mg/kg.
A medida foi tomada a partir de pesquisas que revelam que a população
brasileira tem uma taxa de iodo maior do que a recomendada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS). Os novos valores também seguem a orientação do
Ministério da Saúde, que tem acompanhado o perfil de consumo de sal no Brasil.
A adição do iodo no sal foi adotada na década de 50 do século passado
como estratégia de redução do Bócio, doença provocada pela deficiência do iodo
no organismo. No entanto, a quantidade de adição do nutriente tem sido revista
ao longo dos anos em virtude das mudanças no padrão de alimentação dos
brasileiros, pois o excesso deste nutriente também traz danos à saúde.
De acordo com a gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, as
empresas terão 90 dias para se adequar, a partir da publicação da norma no
Diário Oficial da União (DOU). “Não deve haver dificuldades neste sentido, já
que atualmente 93% das amostras coletadas no mercado já estão dentro da nova
faixa definida”, explicou Denise.
Acordo para Redução do Consumo de Sódio – Para
contribuir com a diminuição do consumo de sódio, o Ministério da Saúde firmou
um acordo com a indústria alimentícia pela redução gradual do teor de sódio em
alimentos processados. Desde 2011, governo federal fechou três termos de
compromisso para que várias categorias de alimentos sejam produzidas com menos
sódio.
“Esse acordo incentiva a indústria a oferecer alimentos menos
prejudiciais à saúde e reforça o compromisso do governo federal na promoção de
hábitos de vida mais saudáveis dos brasileiros. Com a iniciativa, o Brasil
protagoniza a elaboração de um modelo que pode virar referência para diversos
países”, completa Patrícia Jaime, coordenadora de Alimentação e Nutrição do
Ministério da Saúde.
Temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais, macarrões
instantâneos, bisnagas e vários outros terão metas para os próximos anos de
redução do teor de sódio. Somados os três convênios, a previsão é de que até
2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio. O acordo
determina acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos alimentos
e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado.
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